Capaz de atrapalhar o sonho da formação de uma família, a infertilidade feminina apresenta causas diversas, mas existem opções de tratamento. Entenda a seguir.
Condição que afeta milhares de mulheres ao redor do mundo, a infertilidade feminina é capaz de representar diversos desafios e causar dores emocionais. Ela se caracteriza pela dificuldade de engravidar após um ano de tentativas regulares.
Muitas podem ser as causas da infertilidade feminina, desde fatores hormonais até a presença de doenças crônicas e casos em que a causa não pode ser determinada com clareza.
Felizmente, existem algumas opções de tratamento, dependendo das causas da infertilidade feminina em questão. Saiba mais sobre o assunto ao longo do artigo.
Desejo saber mais sobre os tratamentos da infertilidade feminina!
Quais as principais causas da infertilidade feminina
Existem várias possíveis causas da infertilidade feminina, porém as que se destacam como mais frequentes são as citadas a seguir.
Ovários policísticos
Uma das principais causas da infertilidade feminina, a síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição hormonal em que os ovários desenvolvem múltiplos cistos. Esses cistos são, na realidade, folículos que não amadureceram, resultando em ciclos menstruais irregulares e ovulação inconsistente.
Como a ovulação ocorre de forma inconsistente, mulheres com SOP podem encontrar dificuldade de engravidar. No entanto, com um tratamento adequado, a SOP se torna uma das causas da infertilidade feminina mais fáceis de lidar.
Menopausa precoce
A menopausa precoce é uma condição que a mulher entra na menopausa antes dos 40 anos, muito antes do esperado. Essa condição resulta na interrupção da menstruação e na perda da função dos ovários, que deixam de produzir óvulos viáveis para fertilização.
Alterações na tireoide
Parte das causas da infertilidade feminina, as alterações na tireoide envolvem “falhas” na tireoide, órgão responsável por regular o metabolismo. Este órgão também é responsável por produzir hormônios importantes para o funcionamento adequado do corpo.
Quando a tireoide está hipoativa (hipotireoidismo) ou hiperativa (hipertireoidismo), pode ocorrer um desequilíbrio hormonal que interfere na ovulação e no ciclo menstrual, levando à infertilidade. No caso do hipotireoidismo, a produção reduzida dos hormônios tireoidianos pode levar a ciclos menstruais irregulares, anovulação (ausência de ovulação) e problemas de implantação do embrião no útero.
Já o hipertireoidismo pode levar a ciclos menstruais curtos e anovulatórios. Vale mencionar que ambas as situações de alteração na tireoide podem causar problemas tanto na produção, quanto na liberação de hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona, afetando negativamente a fertilidade.
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Alterações no útero
As alterações no útero podem desempenhar um papel significativo dentre as causas da infertilidade feminina. Isso ocorre porque é no útero que o embrião encontra abrigo e nutrição ao longo da gravidez. Sendo assim, caso ele apresente alterações, pode afetar a fertilidade.
Algumas das alterações no útero que podemos citar são:
- Miomas: tumores benignos que se desenvolvem no útero;
- Pólipos: crescimentos anormais no revestimento interno do órgão em questão;
- Malformações: anomalias congênitas no útero, como o útero septado ou bicorno, que podem dificultar a implantação ou levar a abortos recorrentes;
- Sinequias/aderências: tecidos cicatriciais que se formam no interior do útero após uma lesão ou procedimento cirúrgico;
- Endometrite crônica: inflamação crônica do revestimento interno do útero, geralmente causada por infecções.
Alterações tubárias
Entre as causas da infertilidade feminina, as alterações estruturais nas trompas uterinas também podem levar à dificuldade para engravidar. As principais alterações tubárias que podem levar à infertilidade são as trompas obstruídas ou dilatadas. Essas causas também aumentam o risco de gravidez ectópica, quando o bebê se desenvolve nas trompas.
Infecções no aparelho reprodutor
As infecções no aparelho reprodutor podem se apresentar como grandes causas da infertilidade feminina. Este tipo de infecção pode afetar várias partes do sistema reprodutor, incluindo as tubas uterinas, o útero e os ovários.
Algumas das infecções mais comuns incluem as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia e gonorreia, infecções bacterianas uterinas e infecções ovarianas como a salpingite.
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Endometriose
Condição na qual o endométrio cresce fora do útero, geralmente nos órgãos pélvicos, como ovários, tubas uterinas e ligamentos uterinos, a endometriose pode causar dor intensa durante o ciclo menstrual e também está associada às possíveis causas da infertilidade feminina.
Como diagnosticar a infertilidade
O diagnóstico da infertilidade feminina envolve uma avaliação extensa, normalmente conduzida por um médico especialista em reprodução humana. A análise do histórico médico da paciente entra como primeiro passo, juntamente ao exame físico, que também deve ser realizado.
Uma série de exames de sangue para análise hormonal e função ovariana se faz primordial. Além de ultrassonografias e, em casos mais extensos, uma laparoscopia também pode ser considerada (ainda que, atualmente, evita-se ao máximo a realização de cirurgias com finalidade diagnóstica).
O profissional de saúde também pode solicitar exames adicionais, como histerossalpingografia (exame radiológico), testes genéticos e biópsias. Tudo depende, é claro, do histórico individual da paciente.
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Opções de tratamento para a infertilidade
Felizmente, existem diversas opções de tratamento para a infertilidade, variando de acordo com as causas da dificuldade de concepção. Algumas mais frequentes podem envolver:
- Medicamentos para estimulação da ovulação;
- Cirurgia;
- Reprodução assistida (fertilização in vitro e inseminação intrauterina);
- Doação de óvulos ou embriões;
- Adoção.
Entretanto, antes de considerar as possíveis opções de tratamento para infertilidade, entender melhor o que a causa deve ser a prioridade. Por conta disso, o apoio de um profissional capacitado é essencial, afinal cada caso é único e deve ser tratado de forma personalizada.
Agende sua consulta com o Dr. Maurilio Palhares.
Fontes:
Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHERE)