Procedimento cirúrgico utilizado em partos é comum e pode ser indicado em uma série de situações
A cesariana, também chamada de cesária ou parto cesário, é indicada quando há riscos para a realização do parto normal. O nascimento de bebês por via cirúrgica é o tipo de parto mais realizado no Brasil, mesmo que o parto normal seja indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a melhor forma do bebê nascer. Entenda mais sobre como a cesariana é feita e quando ela é indicada a seguir.
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O que é uma cesariana?
A cesariana é um procedimento cirúrgico realizado para retirar o bebê do útero materno quando o parto vaginal não é a melhor opção para a mãe ou para a criança. Esse procedimento pode ser planejado com antecedência quando há complicações médicas que tornam o parto vaginal arriscado, ou pode ser realizado de emergência durante o trabalho de parto se surgirem complicações imprevistas.
Quando a cesariana é recomendada?
A cesariana é recomendada em várias situações médicas quando o parto vaginal pode representar riscos para a mãe, para o bebê ou para ambos. Alguns cenários comuns são exemplificados abaixo:
- Placenta prévia (quando a placenta bloqueia o colo do útero);
- Sofrimento fetal agudo (quando o bebê não está recebendo oxigênio suficiente);
- Apresentação anormal do feto (como posição pélvica);
- Problemas médicos da mãe (como hipertensão grave ou diabetes não controlada);
- Trabalho de parto que não avança adequadamente;
- Suspeita de descolamento prematuro da placenta.
Como ela é realizada?
Durante a cesariana, a mulher é anestesiada para evitar sentir dor durante o procedimento. Existem dois tipos principais de anestesia usados: a regional (como a peridural ou raquidiana) é comum, pois permite que a mulher permaneça acordada durante o nascimento do bebê, mas sem sentir dor na região inferior do corpo.
Em casos menos frequentes, pode ser usada anestesia geral, na qual a mulher fica inconsciente durante a cirurgia. Uma vez que a anestesia é administrada e a área está adormecida, o médico faz uma incisão na parede abdominal, geralmente horizontalmente logo acima da região púbica (cesariana clássica) ou, mais comumente, uma incisão horizontal baixa transversal (cesariana tipo Pfannenstiel).
Após isso, o médico abre cuidadosamente as camadas do abdômen e do útero, retirando o bebê e a placenta. Depois de verificar se não há mais nada a ser feito no útero, as camadas do abdômen são suturadas e o procedimento é concluído.
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Quanto tempo demora?
Uma cesariana geralmente leva de 45 minutos a 1 hora para ser concluída, desde o momento em que a incisão é feita até o fechamento das suturas. No entanto, o tempo exato pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a complexidade do procedimento, a experiência do cirurgião, possíveis complicações e a necessidade de cuidados adicionais durante a operação.
Como fica a cicatriz da cesariana?
A cicatriz resultante de uma cesariana geralmente é uma linha reta localizada logo acima da região púbica. Ela pode variar em tamanho, mas geralmente é de cerca de 10 a 15 centímetros de comprimento. A técnica cirúrgica moderna visa criar incisões que resultem em cicatrizes mais finas e discretas.
Com o tempo, a cicatriz tende a clarear e a se tornar menos visível, embora possa permanecer visível permanentemente. Em alguns casos, pode ficar mais escura ou apresentar irregularidades na textura da pele, mas o cuidado adequado e o acompanhamento médico podem ajudar a minimizar essas questões estéticas.
Possíveis riscos na cesariana
A cesariana, embora seja um procedimento comum e geralmente seguro, apresenta alguns riscos potenciais. Entre os riscos estão:
- Infecções no local da incisão ou no útero;
- Sangramento excessivo durante ou após a cirurgia;
- Complicações anestésicas;
- Lesões nos órgãos adjacentes (como bexiga ou intestinos);
- Formação de coágulos sanguíneos;
- Problemas respiratórios para o bebê;
- Atrasos na recuperação materna;
- Possíveis complicações em gravidezes futuras (como placenta prévia ou cicatriz uterina).
Embora raras, também existem algumas complicações mais críticas que podem acontecer, como a possibilidade de morte materna ou fetal em casos extremamente graves.
O que não pode fazer após uma cesariana?
Após uma cesariana, é fundamental evitar atividades físicas extenuantes e levantar objetos pesados, especialmente nos primeiros dias ou semanas, para permitir uma cicatrização adequada da incisão abdominal. É recomendado evitar dirigir por algumas semanas, pois os movimentos podem ser desconfortáveis e a incisão ainda está se curando.
Movimentos bruscos, como torções ou esticar-se excessivamente, devem ser evitados para prevenir tensão na área da incisão. Além disso, é importante seguir as orientações médicas quanto ao cuidado da incisão, mantendo-a limpa e seca, evitando submergir-se em banheiras ou piscinas até que a incisão esteja completamente cicatrizada.
Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Maurilio Palhares.
Fontes:
ESHRE (Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia)
ASRM (Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva)
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