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DIU
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba como este método contraceptivo age no organismo, seus prós e contras e quais os tipos de dispositivos oferecidos

Dentre os métodos contraceptivos considerados eficazes e seguros, destaca-se o DIU (dispositivo intrauterino) que apresenta uma taxa de sucesso de mais de 99% (falha 1 em 1.000 casos) — maior do que a de outros métodos bastante utilizados, como pílulas anticoncepcionais (falha 9 em 100 usuárias) e camisinha (falha 20 em 100 mulheres).

Além de confiável para mulheres que desejam evitar uma gestação indesejada pelos próximos anos, o DIU também apresenta poucos efeitos colaterais. O dispositivo não previne contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), por isso, ele no caso de mulheres que têm múltiplos parceiros sexuais, é importante manter o uso do preservativo.

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Tipos diferentes de DIU

Existem vários tipos de dispositivos intrauterinos disponíveis às mulheres. Conheça a seguir os principais deles.

DIU de cobre

O DIU de cobre é um dispositivo feito de plástico e revestido de cobre, sem hormônios, sendo assim boa opção de escolha para as mulheres que não podem ou não querem fazer uso de hormônios, como aquelas que tiveram câncer de mama previamente.

Pode ser usado por até 10 anos e sua ação contraceptiva ocorre pela liberação contínua de íons de cobre no útero. Isso provoca alterações no muco cervical, o que interfere na motilidade do espermatozoide, impedindo que ele chegue até o óvulo.

O cobre pode “irritar” o útero e isso pode aumentar um pouco a duração e intensidade do fluxo menstrual e a das cólicas. Por outro lado, por não conter hormônios, apresenta menos efeitos colaterais. O DIU de cobre tem ainda como vantagem poder ser usado como contraceptivo de emergência se for implantado até os primeiros sete dias depois de uma relação sexual sem proteção.

DIU de prata (normal ou mini)

O DIU de prata combina cobre e prata em seu revestimento. O funcionamento é pelo cobre enquanto a prata age diminuindo a fragmentação do cobre no organismo. A maior vantagem é diminuir a chance de intensificar o fluxo e a cólica menstrual. Ele é menor do que o DIU de cobre, assim a colocação é mais simples e há menos risco de o DIU deslocar da posição correta. Sua duração é de cinco anos.

Os DIU de cobre e de prata são bem indicados para mulheres que desejem alta eficácia contraceptiva e preferem menstruar (ou que não se incomodam com a menstruação) e que não se queixam de acne ou TPM importantes (ou fazem outros tratamentos para estes sintomas).

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DIU hormonal Mirena ® e o Kyleena®

O DIU hormonal, é medicado com o hormônio levonorgestrel, um subtipo sintético de progesterona. Seu mecanismo se dá pelo afinamento do endométrio, (tecido que reveste o útero internamente), que fica desfavorável para implantação do óvulo fecundado, e principalmente pela alteração do muco cervical, que fica espesso e impede a passagem dos espermatozoides.

Há 2 tipos: o Mirena ® e o Kyleena®. Ambos tem o mesmo mecanismo de ação, mas o Kyleena tem a dose um pouco mais reduzida, dura 5 anos. Já o Mirena tem a dose um pouco maior, sendo ainda mais eficaz em reduzir o sangramento e tem duração de até 8 anos.

São indicados para qualquer mulher que deseje altíssima eficácia para evitar gestação com pouco efeitos colaterais. Mas, principalmente para mulheres que e desejam reduzir — ou mesmo interromper — o fluxo menstrual e para aquelas que apresentam cólicas intensas, pois a progesterona consegue diminuir o processo inflamatório local, reduzindo os desconfortos comuns ao período menstrual.

Além disso, costuma ser recomendado como tratamento para condições como a endometriose e adenomiose. Pode ser usado, com eficácia, por cinco anos (Kyleena®) e até 8 anos (Mirena®).

Outro ponto é que o hormônio do DIU circula somente no útero, praticamente não é absorvido na circulação.  Então, os DIUs não afetam acne ou TPM (não melhora nem piora estes sintomas) e não, não engordam!

Por conter hormônio, o DIU hormonal pode provocar sangramentos de escape.

Como ele funciona

O DIU é pequeno dispositivo de plástico em forma de T ou Y, recoberto com cobre ou cobre e prata, (no caso dos DIU não hormonais) ou medicado com Levonorgestrel (no caso dos DIU hormonais), e é colocado dentro do útero. O dispositivo intrauterino age impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo. Além disso, o cobre do DIU  não hormonal também “irrita” o endométrio, e isso dificulta a implantação do óvulo fecundado. Isso faz com que o DIU também possa ser usado com contracepção de emergência por até 7 dias após o coito (como comparação a “pílula do dia seguinte” só funciona por até 2 a 3 dias).

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Como é feita a inserção do DIU?

O DIU é implantado dentro do útero, através da vagina, pelo ginecologista, em consultório médico com anestesia local. O procedimento é simples, rápido — dura de 15 a 20 minutos  — e seguro, sem necessidade de sedação ou anestesia. Não causa dor, apenas um leve desconforto, como uma cólica menstrual, que pode durar um dia. A implantação também pode ser feita no hospital sob sedação se for a preferência da paciente, ou em casos de dificuldades importantes para o exame ginecológico ou em estenose do colo, por exemplo.

No caso da inserção no consultório, o Dr. Maurilio Palhares realiza a ultrassonografia logo após o procedimento para confirmar o correto posicionamento do dispositivo.

O dispositivo possui uma cordinha presa em sua extremidade inferior, que fica localizada dentro da vagina, próximo à entrada do útero, o que facilita a sua remoção assim que a mulher o desejar.

Antes da implantação, o ginecologista realiza um exame ginecológico para descartar a presença de alterações anatômicas ou de infecções.

O dispositivo pode ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual e sua eficácia é imediata. Apenas deve-se ter a certeza de que a mulher não esteja grávida. Assim, muitos médicos optam por implantar o DIU nos primeiros sete dias depois do início da menstruação.

Nas mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional, o DIU deve ser implantado a qualquer momento e a pílula pode ser interrompida logo após colocar o DIU.

Vantagens e desvantagens

Cada tipo de DIU tem suas vantagens e desvantagens. De maneira geral, os benefícios desse tipo de método contraceptivo são:

  • Alta eficácia;
  • Facilidade de uso;
  • Não requer lembrar um horário de uso diário, como a pílula, ou mensal, como as injeções contraceptivas;
  • Seguro para a maioria das mulheres, incluindo adolescentes e mulheres que nunca engravidaram;
  • Alternativa à cirurgia de ligadura de trompas, que é um método contraceptivo definitivo (os DIU hormonais são inclusive mais eficazes que a laqueadura);
  • Discreto e não interfere nas relações sexuais;
  • Longa ação (cinco ou dez anos);
  • Rapidamente reversível;
  • Poucos efeitos colaterais;
  • Poucas contraindicações;
  • Opção para evitar o uso de hormônios sistêmicos;
  • Custo reduzido com o uso a longo prazo.

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Entre as desvantagens do uso do DIU, pode-se destacar:

  • Apenas o médico bem capacitado pode colocar o dispositivo;
  • Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • Raramente pode ser deslocado (ou até expulso) espontaneamente pelo organismo (geralmente nos primeiros 2 meses de uso). Isso é raro e acontece com mais frequência em mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuem um fluxo menstrual intenso. Caso a mulher desconfie que o DIU pode ter deslocado, ela deve associar outro método contraceptivo até o realizar uma ultrassonografia;
  • Se implantado por um médico sem experiência no procedimento, pode causar danos à saúde.

Efeitos colaterais

Apesar de ser um método altamente seguro e eficaz, o DIU pode apresentar alguns efeitos colaterais, como:

  • Maior risco de anemia, para mulheres que fazem uso do DIU de cobre, devido ao aumento do fluxo menstrual;
  • Agravamento das cólicas e do fluxo menstrual nos primeiros meses, no caso do DIU de cobre;

Em casos mais raros — cerca de 0,1% das pacientes  — pode ocorrer perfuração do útero durante a colocação do DIU. Porém, isso está relacionado à falta de experiência do médico em realizar o procedimento.

Entre em contato agora mesmo e agende já sua consulta com o Dr. Maurilio Palhares para saber mais sobre o DIU.

Fontes:

Febrasgo

Manual OMS

Revista Contraception

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