A nidação é o processo em que o embrião se implanta na parede do endométrio, podendo levar a um leve sangramento que dura cerca de 3 dias
É chamada de nidação o momento em que o embrião é implantado na parede do endométrio, o tecido que reveste a parede interna do útero. Este processo pode causar um pequeno sangramento, indicando assim o início do período gestacional.
O sangramento da nidação é diferente do escape menstrual, dura cerca de 3 dias e não é acompanhado por outros sintomas expressivos — como dor. É importante destacar, entretanto, que nem todas as mulheres apresentam este sangramento no início de sua gestação. A presença ou ausência desse sangramento não representam um problema no desenvolvimento do feto.
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O que é a nidação?
Conforme foi explicado, a nidação é o processo em que um óvulo que foi fecundado por um espermatozoide se fixa à mucosa do endométrio, iniciando a gestação. Esta é uma etapa que ocorre tanto em gestações naturais, como naquelas que são geradas a partir de um tratamento de reprodução humana assistida.
O início da gravidez é marcado pela nidação (com ou sem sangramento). Sem que esta etapa ocorra, não há gestação.
Como ocorre a nidação?
Para que uma gestação ocorra, são necessárias diversas etapas que se iniciam com a ovulação, caracterizada pela liberação de um óvulo por um dos ovários. Quando há uma relação sexual desprotegida, há a chance de que este óvulo seja fecundado por um espermatozoide, formando assim um embrião que passará por diversas divisões celulares enquanto segue em direção ao útero.
Após cerca de 5 dias, o embrião chega ao estágio chamado Blastocisto, e está pronto para se fixar no endométrio e dar início à gestação. O sangramento está relacionado a uma pequena descamação do endométrio, que pode acontecer quando o embrião se aloja nos tecidos internos do útero.
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Quando ocorre a nidação?
Em média, é estimado que o embrião demore aproximadamente 8 dias para chegar ao útero e realizar a nidação. Para que a implantação ocorra, é necessário que o espermatozoide tenha fecundado o óvulo, formado o embrião e passado pelas seguintes etapas:
- Migração pela trompa até o útero;
- Divisão celular até que as células apresentem diferenciação e cheguem ao estágio de blastocisto;
- Fixação na mucosa uterina.
A partir de então, as células embrionárias continuam se dividindo, diferenciando e multiplicando, dando assim seguimento ao desenvolvimento da gestação.
Quais os sintomas da nidação?
Na maioria das vezes, a nidação é assintomática. Algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento vaginal, que pode ou não ser acompanhado de alterações como:
- Cólicas abdominais de baixa intensidade;
- Pontadas no baixo ventre;
- Enjoos;
- Vômitos;
- Sonolência.
Caso note esses sintomas, é importante que a mulher fique atenta ao período com que esses desconfortos permanecem. Embora as alterações sejam esperadas no momento da nidação, quadros de sangramento prolongado fora do período menstrual ou fortes dores abdominais podem indicar problemas de saúde ou no desenvolvimento gestacional.
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Nidação ou menstruação: qual a diferença?
As principais diferenças entre nidação e menstruação estão nas características do sangue e do fluxo. A implantação embrionária apresenta um fluxo menor do que a menstruação, durando cerca de 2 a 3 dias, no máximo — enquanto a menstruação pode durar entre 4 e 7 dias. Além disso, a coloração do sangue da nidação é mais escura, enquanto o sangue menstrual tem cor avermelhada mais vibrante.
Outro aspecto importante a ser observado é que a menstruação ocorre em períodos específicos: em um ciclo normal, o sangramento se manifesta a cada 28 dias, embora este período possa variar de acordo com cada organismo. O sangramento da nidação ocorre fora do período menstrual.
É importante destacar que a nidação, quando se manifesta, só é indicativo de gestação se a paciente também apresentar atraso menstrual naquele ciclo (o período esperado para a menstruação seria de uma semana após a data em que ocorre a nidação). Caso não haja atraso menstrual, a ocorrência foi apenas um escape ou sangramento fora do período menstrual — que demanda investigação clínica.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana;
Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHERE);
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
