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Congelamento de embriões

Congelamento de embriões
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O congelamento é feito a partir da técnica de criopreservação, que permite a conservação das propriedades do material

O congelamento de embriões é uma etapa importante do tratamento de Reprodução Humana Assistida, permitindo que os casais armazenem o material para uso posterior. Dessa forma, é possível escolher a época mais adequada para realizar a transferência, preservar a fertilidade de casais que estão passando por determinados problemas de saúde ou bem como realizar novas tentativas quando uma Fertilização in Vitro (FIV) não tem sucesso.

O procedimento de congelamento de embriões é realizado a partir da técnica de criopreservação, que utiliza temperaturas muito baixas para preservar materiais biológicos, evitando que eles percam suas propriedades. Para continuar seu processo de desenvolvimento e ser utilizado para iniciar uma possível gestação, o material precisa ser descongelado a partir de um processo contrário do utilizado na criopreservação.

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Entenda o que são embriões

O embrião corresponde ao estágio inicial do desenvolvimento de um organismo, sendo composto por um grupo de células que é formado a partir do encontro entre os gametas feminino (o óvulo) e masculino (o espermatozoide). É chamado de embrião o produto de concepção do segundo dia após a concepção até a oitava semana do desenvolvimento embrionário. A partir dessa fase até o final da gestação, o bebê em formação é chamado de feto.

O Conselho Federal de Medicina, desde 2021, determina um número máximo de 8 embriões que podem ser gerados em laboratório. Mulheres de até 37 anos podem implantar 1 ou 2 embriões por tentativa  — a partir de 38 anos podem transferir até 3 embriões em cada ciclo.

Os embriões excedentes são preservados através do congelamento de embriões para serem utilizados em uma nova tentativa de gravidez caso a primeira transferência de embriões congelados não tenha resultado em gestação.

Como funciona o congelamento de embriões?

Através da Fertilização in Vitro, o congelamento de embriões é realizado a partir da estimulação ovariana e coleta dos gametas masculinos e femininos (óvulos e espermatozoides). O passo consiste na manipulação dos materiais coletados para que seja realizado a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, formando assim o embrião.

Os embriões formados por meio deste processo são mantidos em cultivo. Entre o quinto e o sétimo dia os melhores embriões chegam ao estágio de blastocisto, que é quando surge uma cavidade repleta de líquido dentro da massa de células do embrião. Os embriões que chegarem ao estágio de blastocisto são congelados, pois, são os que trazem as maiores taxas de gravidez.  Os blastocistos podem ser descongelados e transferidos quando o casal decidir engravidar. Também é possível, em alguns casos, transferir os embriões no mesmo ciclo em que foram produzidos, sem a necessidade de congelamento.

O processo de congelamento de embriões segue 3 etapas:

  • Crioproteção: os embriões são inseridos em uma cultura específica, composta por substâncias que impedem a formação de cristais de gelo no interior das células;
  • Vitrificação: os embriões são colocados em um pequeno recipiente que é resfriado muito rapidamente em nitrogênio líquido. A velocidade de congelamento dos embriões é muito alta, sendo a principal responsável pelo elevado grau de sobrevivência dos embriões;
  • Armazenamento: após o congelamento, os embriões são devidamente etiquetados e mantidos em tanques de nitrogênio líquido.

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Quando o congelamento de embriões é indicado?

Existem diversas situações nas quais o congelamento de embriões pode ser indicado, sendo os principais:

  • Risco de síndrome de hiperestimulação ovariana;
  • Vontade do casal em preservar a fertilidade;
  • Tratamento de Fertilização in Vitro resulta em mais embriões do que o necessário;
  • Uma das partes do casal apresenta uma doença que pode colocar a fertilidade em risco. É o caso dos pacientes com câncer, por exemplo.

Quanto tempo o embrião pode ficar congelado?

A Medicina ainda não definiu um limite máximo para conservação do material biológico após o procedimento de congelamento de embriões. O Recorde atual é de um casal dos EUA que tiveram um filho – completamente saudável – a partir de um embrião que ficou congelado por 27 anos! O mais importante é que a metodologia de criopreservação seja realizada de maneira adequada, e não o tempo em que os embriões são mantidos neste estado. Na prática, o material geralmente pode ficar congelado por tempo indeterminado, sem perder nenhuma de suas propriedades.

O casal precisa pagar pequenas taxas anuais de manutenção dos embriões, até que seja definido um destino para eles. Caso não sejam utilizados, os embriões poderão ser doados para outro casal, para a condução de pesquisas científicas e até mesmo descartados em alguns casos específicos.

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Quais são os custos envolvidos no congelamento de embriões?

Conforme foi explicado, é necessário que o casal pague uma pequena taxa de manutenção dos embriões congelados. Além disso, existem os gastos associados ao procedimento de indução da ovulação, captação dos óvulos, coleta dos espermatozoides e fertilização laboratorial. Todos esses valores devem ser discutidos previamente com o médico especialista em Reprodução Humana Assistida, de modo que o casal entenda como será o investimento.

Os valores cobrados pelo congelamento de embriões, assim como a taxa de manutenção, variam de acordo com o laboratório em que o procedimento é realizado e o material é armazenado.

O Dr. Maurílio Palhares e a Semear fertilidade praticam valores bastante acessíveis —  tanto para a produção como para a manutenção dos embriões congelados.

Quais as chances de engravidar com embriões congelados?

Os embriões são bastante resistentes ao processo de descongelamento, especialmente quando comparados ao congelamento isolado de óvulos e espermatozoides. Por este motivo, para a preservação de fertilidade, recomendamos o congelamento de embriões do casal. A preservação de fertilidade pelo congelamento de óvulos fica como opção para a mulher que não tem parceiro definido, ou para as que produziram óvulos em excesso além dos utilizados para formar 8 embriões. Apesar de serem mais resistentes, alguns embriões podem não sobreviver ao descongelamento e se tornarem inviáveis para a transferência. Porém, este é um risco muito pequeno e que tende a ser ainda melhor quando o embrião é de alta qualidade no momento do congelamento.

As chances de engravidar a partir de uma transferência realizada após o congelamento de embriões são semelhantes às de um procedimento executado com embriões frescos, sem que exista uma diferença significativa entre os dois tipos. As taxas de sucesso dependem mais de outros fatores, especialmente a idade da mulher que forneceu os óvulos para a formação dos embriões.

Estudos sugerem que as chances de implantação e gravidez podem ser até maiores quando utilizados materiais provenientes de congelamento de embriões ao invés de transferência de embriões a fresco. Isso porque o endométrio tem receptividade melhor quando não está sob efeitos da sobrecarga hormonal proveniente da etapa de estimulação ovariana.

Para saber mais a respeito do congelamento de embriões e descobrir se esta é uma opção interessante para seu caso, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Maurílio Palhares.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA);

Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia ( ESHRE);

Sociedade Americana para Reprodução Humana (ASRM);

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Dr. Maurilio Palhares

Ginecologista e Obstetra
CRM: 22839 RQE: 2307

Médico formado pela Universidade Estadual de Londrina, o Dr. Maurílio Palhares é especializado na área de Ginecologia e Obstetrícia e oferece atendimento completo para todas as fases da vida da mulher.