Técnica de reprodução humana assistida considerada de alta complexidade, a ICSI consiste na inserção do espermatozoide diretamente no interior do óvulo
Sigla para injeção intracitoplasmática de espermatozoides, a ICSI é uma técnica complementar à fertilização in vitro (FIV), indicada principalmente para casos de infertilidade masculina em que há dificuldade na produção de gameta, mas pode ser aplicada em qualquer caso de FIV por outras indicações. Este tratamento de reprodução assistida é considerado de alta complexidade e geralmente está associado a altas taxas de sucesso.
Considerado um método de fertilização que revolucionou as técnicas de reprodução assistida, a ICSI pode favorecer a etapa de fecundação da FIV, aumentando assim as chances de gestação. Entenda a seguir como esta técnica funciona e quais suas indicações.
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O que é a ICSI?
A injeção intracitoplasmática de espermatozoides é um procedimento que consiste na seleção de um espermatozoide e sua inserção no interior do óvulo, fazendo com que o gameta masculino não precise se esforçar para romper a membrana exterior do óvulo (chamada zona pelúcida). Dessa forma, há mais chances de fecundação mesmo nos casos em que os espermatozoides apresentam baixa mobilidade.
Por mais que a ICSI seja um tratamento de fertilização in vitro, sua metodologia se difere bastante da FIV clássica justamente pela forma como ocorre a fecundação. Na fertilização clássica, óvulo e espermatozoides são colocados em uma placa de Petri, e a fecundação ocorre de maneira natural (“a natureza escolhe o melhor espermatozoide”). Com a ICSI, o espermatozoide é colocado diretamente no óvulo, facilitando sua fecundação (“o embriologista escolhe o melhor espermatozoide”).
Quando a ICSI é indicada?
A ICSI normalmente não é a primeira técnica de reprodução assistida indicada em casos de infertilidade conjugal, uma vez que se trata de um tratamento considerado complexo. Seguindo uma política de tratamento amigável e personalizado às necessidades de cada paciente, o Dr. Maurílio Palhares recomenda este tratamento em casos em que há real necessidade.
Porém, sabemos que cerca de 10% dos casais respondem de forma muito diferente sendo muito melhor em uma das técnicas (FIV clássica ou ICSI). Sendo assim, quando a qualidade e quantidade de gametas permitem, recomendamos usar ambas as técnicas. Isso aumenta a taxa de sucesso da FIV, inclusive melhora as chances de sucesso na primeira tentativa
Para saber se a ICSI é realmente a metodologia mais indicada para seu caso, é fundamental que o casal passe por uma criteriosa avaliação de um médico especializado em reprodução humana, que solicitará exames específicos e fará uma análise do histórico clínico do homem e da mulher. Com base nessas informações, o profissional poderá identificar a melhor metodologia para o quadro apresentado.
Em geral, a indicação da ICSI é feita em casos de:
- Infertilidade masculina relacionada a variações na quantidade, mobilidade e/ou qualidade dos espermatozoides;
- Fertilização realizada com óvulos congelados, em que a zona pelúcida pode estar mais endurecida;
- Vasectomia irreversível;
- Falhas de fertilização na FIV clássica;
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Como é o procedimento da ICSI?
Muitas etapas da ICSI são semelhantes à fertilização in vitro tradicional. O tratamento começa com a estimulação ovariana por meio da administração de medicamentos hormonais que potencializam a capacidade fértil da mulher e estimulam a produção de óvulos. Quando os folículos ovarianos atingem o tamanho ideal para a ovulação, outro hormônio é administrado para favorecer seu amadurecimento. Em seguida, é realizada a coleta dos óvulos.
Ao mesmo tempo em que a mulher é submetida à punção folicular para a coleta dos óvulos maduros, seu parceiro deve realizar a coleta de espermatozoides. Esse material será devidamente preparado e selecionado, de modo a identificar os espermatozoides que apresentam maiores chances de fecundar o óvulo.
Com o material devidamente selecionado e preparado, é realizada a ICSI, em que o espermatozoide é injetado no óvulo com auxílio de uma agulha microscópica. Ao final deste processo, o especialista em reprodução humana assistida acompanhará a evolução do embrião formado até que ele esteja pronto para ser transferido ao útero da mulher, iniciando assim o desenvolvimento da gestação.
Ao todo, o tratamento com ICSI pode demorar cerca de 40 dias para ser concluído.
Qual é a taxa de sucesso da ICSI?
A ICSI é considerada, atualmente, uma técnica de reprodução humana assistida com alta taxa de sucesso. As chances de uma mulher engravidar a partir desta metodologia dependem de diversos fatores, sendo o principal deles a idade da paciente — uma vez que a infertilidade feminina está diretamente atrelada ao envelhecimento natural.
Outros aspectos que podem influenciar nas chances de sucesso do tratamento são a qualidade dos embriões gerados e a receptividade do endométrio. O ideal é sempre conversar abertamente com o médico especializado em reprodução humana para descobrir as chances de sucesso do tratamento e entender os motivos da indicação de realização de ICSI.
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Saiba mais sobre o tratamento com o Dr. Maurílio Palhares
O Dr. Maurílio Palhares é parceiro da clínica de fertilidade SEMEAR, que possui ampla experiência na área de fertilização e oferece às pacientes uma “calculadora de chances”. Com esta ferramenta, a paciente pode entender melhor suas chances de sucesso, sem alimentar falsas esperanças em relação a seu tratamento de reprodução assistida, assim como planejar o tratamento a fim de alocar os recursos racionalmente para propiciar a melhor chance possível para cada casal.
Com conhecimento atualizado e aprofundado nos diversos campos da ginecologia, o Dr. Maurílio oferece atendimento completo para todas as fases da vida da mulher, prezando sempre por um tratamento amigável em que a mulher entenda todos os aspectos envolvidos em sua saúde.
Entre em contato e agende já uma consulta com o Dr. Maurilio Palhares.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana;
Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHERE);
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva;
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)