A infertilidade masculina é um grande fator que dificulta a formação de uma família biológica. Saiba mais sobre seu tratamento e diagnóstico.
A infertilidade masculina é caracterizada pela incapacidade do homem produzir ou liberar espermatozoides durante a ejaculação. que dificulta a ocorrência de gravidez natural. Trata-se de uma questão que envolve diversos fatores, como baixa contagem de espermatozoides, qualidade anormal dos espermatozoides ou problemas de motilidade. O diagnóstico é feito por meio de análise do sêmen e exames complementares.
O diagnóstico envolve histórico médico e exames de sangue e de esperma. Vamos falar mais a respeito dos possíveis tratamentos para infertilidade masculina, que podem incluir intervenções medicamentosas ou cirúrgicas e aplicação de técnicas de reprodução assistida.
Como é feito o diagnóstico da infertilidade
Assim como no diagnóstico da infertilidade feminina, a masculina também envolve uma série de exames, dentre eles:
- Histórico médico e exame físico;
- Análise seminal;
- Exames hormonais;
- Exames de imagem;
- Testes genéticos.
Com base nos resultados desses exames, o médico poderá determinar a causa da infertilidade masculina e recomendar o tratamento mais adequado. É importante consultar um médico especializado em medicina reprodutiva (ginecologista ou urologista) para um diagnóstico preciso e orientações personalizadas.
Como tratar a infertilidade masculina
Antes de definir o melhor tratamento para infertilidade masculina, o médico precisa fazer o diagnóstico correto. Dessa forma, o profissional poderá oferecer informações e orientações personalizadas de tratamentos para infertilidade masculina, analisando a gravidade da infertilidade.
Algumas opções comuns de tratamentos para infertilidade masculina que podemos citar são:
- Mudança de estilo de vida: adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação balanceada, exercícios regulares, redução do peso corporal, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, pode contribuir para melhorar a qualidade dos espermatozoides;
- Uso de medicamentos: em certos casos, medicamentos podem ser prescritos no tratamento para infertilidade masculina. Clomifeno, letrozol e Choriomon são alguns dos mais utilizados. Condições como baixa contagem de espermatozoides, motilidade reduzida ou qualidade anormal do esperma e problemas hormonais são alguns desses casos;
- Intervenção cirúrgica: em casos de obstruções nos ductos ou varicocele, a cirurgia pode ser realizada para corrigir esses problemas e melhorar a fertilidade;
- Tratamento de outras condições médicas: se houver condições médicas subjacentes, como diabetes, hipertensão ou até mesmo infecções, é importante tratá-las adequadamente para combater as causas de infertilidade.
- Aconselhamento genético: em casos de problemas genéticos, pode ser recomendado este tipo de aconselhamento para entender os riscos e as opções de tratamento disponíveis.
A Fertilização in vitro (FIV) pode ser uma ajuda?
Além dos tratamentos previamente citados, a FIV pode ser uma aliada no tratamento para infertilidade masculina. Como a FIV é um procedimento que consiste na fecundação dos óvulos pelos espermatozoides em laboratório, com posterior transferência para o útero da mulher, os espermatozoides não precisam “se esforçar tanto”.
Isso porque a FIV é indicada para vários casos de infertilidade, como por exemplo, na presença de problemas relacionados à qualidade, quantidade e motilidade de espermatozoides. Nessas situações, a FIV pode superar essas dificuldades.
Se a contagem de espermatozoides é muito baixa, por exemplo, é possível realizar a técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), em que um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. A técnica também permite a seleção de espermatozoides saudáveis e viáveis para fertilização, o que aumenta as taxas de concepção.
Além disso, em cenários mais severos e que necessitam de tratamento para infertilidade masculina mais invasivo, como ausência completa de espermatozoides na amostra (azooespermia), a FIV também é uma aliada. Neste cenário específico, a técnica permite que seja realizada uma aspiração dos espermatozoides diretamente dos testículos ou epidídimos, ou mesmo uso de esperma de doador anônimo, em casos extremos.
É possível melhorar a qualidade do esperma antes da realização da Fertilização in vitro (FIV)?
Na maioria dos casos, sim!
Mesmo que para o tratamento para infertilidade masculina já tenha sido indicada a FIV — seja com obtenção dos espermatozoides por masturbação ou por punção aspirativa —, é possível utilizar medicamentos para aumentar a produção e a qualidade destes gametas.
Em geral, sempre recomendo utilizar polivitamínicos associados a mudança no estilo de vida. Diversos estudos apontam para uma redução da fragmentação do DNA espermático com essas intervenções — melhora na qualidade espermática.
Outra boa opção é o uso de Choriomon injetável, nos casos em que o volume testicular está muito reduzido — como em homens que usaram anabolizantes por longo período.
Há, ainda, medicações via oral (como o Clomifeno e o Letrozol) que, usados na dose adequada, podem aumentar a quantidade e motilidade dos espermatozoides.
Vale lembrar que, fisiologicamente, os espermatozoides produzidos demoram cerca de 3 meses amadurecer e chegar ao epidídimo (espécie de bolsa que cobre o testículo e armazena os gametas que serão ejaculados). Assim, qualquer intervenção para melhora do sêmen só terá resultado confiável após 90 dias. Porém, depois de 1 mês de uso, já é possível reavaliar o perfil hormonal masculino e dizer se o tratamento medicamentoso será efetivo para o tratamento para infertilidade masculina.
Para realizar a FIV como tratamento para infertilidade masculina, é essencial contar com o suporte de um profissional especializado em tratar as causas de infertilidade. Devido ao seu conhecimento e experiência em situações do tipo, é possível receber um diagnóstico preciso, obter tratamento adequado e obter todo o suporte necessário ao longo do processo.
Isso proporciona a melhor chance possível de sucesso na jornada de fertilidade masculina. Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Maurilio Palhares.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana;
Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHERE);
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
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